Na semana passada o
RabisKando fez seu primeiro podcast, um programinha de rádio que será em breve
publicaddo, no programa a galera do grupo discutiu sobre o tema Bullying. O
bullying é um tema muito delicado, pois hoje em dia qualquer tipo de brincadeira
pode se caracterizar como bullying.
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| Capa- primeiro podcast RabsiKando |
Nos grupos de pixadores
não observamos muito deste tipo de preconceito, os grupos/pessoas que interagem
uns com os outros, por conta da familiaridade cultural são bem permissíveis, às
vezes fazendo até aquela famosa “zuada”, chamando um ao outro de “bafo”( alguém
que esta começando a pixar, que ainda não tem um ibope, que faz feio) etc, mas
quando algum faz o pixo na caruda- de forma muito escancarada- lá no pico de um
prédio e acaba rodando-sendo pego pela polícia- o preconceito fica visível. O preconceito por parte dos policiais e por parte da população com o pixador se
passa principalmente não por conta do cara ser um pixador, o que também acontece já que ao pixador é atribuido diversos tipos de esteriótipos, mas se passa pois grande parte dos
pixadores são de áreas mais pobres e todo aquele preconceito de quem mora à
margem da sociedade é atribuído.
Essa subcultura é bem
restrita e apenas quem realmente faz parte, entende e pratica consegue entender e
conviver neste ambiente, quando os pixadores se reúnem geralmente é para ouvir e
contar histórias, de como foi, por onde subiu, isso fora as famosas folhinhas, estas
folhinhas são como autógrafos do próprio pixador, onde ele executa sua pixação
não no muro, mas em um caderno, agenda ou qualquer lugar que dê para deixar o
seu registro para que o outro guarde de recordação, existem até folhinhas um
pouco raras e por vezes muito antigas, coisas da década de 80 em diante. Em São
Paulo os pixadores se encontram nos famosos “POINTS” que geralmente ficam no
centro da cidade, um lugar de fácil acesso para que todos possam se encontrar
e para que todas as regiões sejam
representadas, sempre tem um cara que mora muito longe que faz um esforço
danado só para estar e fazer parte desse tipo de encontro.
A galera do RabisKando participou a algumas semanas do point lá na região da República, no centro velho de
São Paulo, e lá, encontramos de tudo ! É todo mundo variado, pixador não tem um
padrão, cada um gosta de algo, tem pixador que curte rap, tem pixador que é
punk, tem pixador que gosta de funk, tem as meninas que representam - e muito - a categoria e por ai vai, o que faz com que compartilhem
deste gosto é, na verdade, o vício pela adrenalina ao subir no pico mais alto,
o cheiro da lata na parede, a indignação e inquietude da mente entre diversos
outros fatores, mas a real é que: pixador tem todos os estilos, não é mesmo ?
Co-existem outros grupos dentro deste grupo, uma loucura que quem está de fora
não consegue enxergar muito bem.
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| "folinhas" feitas no "point" do centro de SP |
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